Editorial 30

Resumo

Este volume da revista Pensamiento Americano tem a corrupção como um de seus artigos em destaque. E, embora possa parecer errado dizer isso, é necessário que nós, cidadãos, reconheçamos as pequenas corrupções que praticamos diariamente. Obviamente, há escalas de corrupção em vários níveis, mas essa corrupção, como produto do materialismo fetichista, faz parte de nossa história social. Não sejamos românticos ao apontar a macrocorrupção em níveis institucionais, por exemplo, e não o apontamos ao pagar o policial quando formos sacar uma quantia generosa de dinheiro nos bancos colombianos. Por causa do medo incutido em nossas mentes e narrado pelos jornais quase diariamente, aceitamos pagar a esse agente do lado de fora para nos proteger até chegarmos ao nosso destino com o dinheiro retirado do banco, com nossas vidas intactas. Costuma-se dizer que "é bom dar alguma coisa para o agente", embora seja função dele nos dar essa segurança, de acordo com as comunicações internas dos bancos. Mas... nós pagamos para que esse
agente nos proteja e não para que nos denuncie a criminosos. Lamento dizer que é assim que fazemos parte da engrenagem da corrupção ativa. Podemos dizer que somos corruptos quando aceitamos a cesta de frutas do estudante que mora em Sabanalarga e precisa melhorar suas notas - nesse caso, a fruta é a moeda de troca. Seria a corrupção parte do sistema de aprendizado humano, seria a corrupção uma forma de sobrevivência em uma sociedade caótica e beligerante?.